<h1>Uma confusa crítica de "Looper: Assassinos do Futuro"</h1>

Viagem no tempo é um tema confuso. Torna−se muito difícil escrever um bom roteiro sobre o assunto sem levantar furos, mesmo que, no caso das tecnologias que não existem, furo de roteiro possa vir ser algo bem subjetivo.

Mesmo assim, dificilmente você verá um bom filme de viagem temporal. Tivemos De Volta Para o Futuro anos atrás, e agora finalmente temos Looper representando de forma positiva a categoria de filmes do gênero.

No ano de 2024 a máfia está no auge do uso dos Loopers, assassinos que recebem as vitimas do futuro, as matam e se livram de um corpo que tecnicamente nunca existiu, ou seja, eles matam as pessoas trinta anos antes delas causarem problemas.

Tal qual a máfia que conhecemos hoje, a única maneira de ser demitido por ela é sendo assassinado. Mas com a comodidade do mundo moderno os empregadores os enviam para serem assassinados pelas suas versões mais jovens e ganham em recompensa uma grande quantidade de ouro. Dessa forma, os Loopers sabem que vão ser assassinados daqui a trinta anos, mas tem uma boa quantidade de dinheiro para aproveitarem esse tempo que lhes resta.




Prestem muita atenção nas próximas linhas.

- O problema acontece quando Joe do futuro escapa de ser assassinado pelo Joe do passado (ou seria presente?) e parte em busca de encontrar o chefão da máfia (o fazedor de chuva) para mata−lo antes que se torne o chefão de forma que ele nunca seria enviado de volta ao passado. Tendo em vista de que se ele nunca for enviado ao passado, não conseguira matar o chefão e de qualquer forma será enviado para o passado, onde irá querer de fato para matar o chefão. Joe do passado tenta encontrar e matar o Joe do futuro, pois ele tem medo do que a máfia fará a ele se descobrir que o Joe do futuro está andando por aí, mesmo sabendo que se o Joe do passado for assassinado o Joe do futuro nunca estaria andando por aí. Não é mesmo? -

Confuso? SIM, MUITO!!!

Mas exatamente nesse ponto em que se encontra a grande qualidade do diretor Rian Craig Johnson que consegue nos apresentar toda essa trama de forma tão orgânica e natural que você consegue entender objetivamente tudo que acontece. Sim, todas essas linhas que você leu logo acima fazem total sentido quando apresentados na tela grande, e olha que eu nem mencionei os mutantes!

O orçamento do filme a primeira vista pode parecer baixo (trinta milhões de dólares), porém, é mais do que o necessário para a proposta do diretor. As cenas de ação são cruas e violentas, o clima muitas vezes é tenso a ponto de incomodar e a fotografia está um show a parte.

Uma coisa curiosa aprofundando mais no caso da tensão do filme. Na sessão que assisti, quando os créditos subiram, não ouvi o tradicional zum zum zum das pessoas conversando sobre o filme se levantando e saindo da sala. Muito pelo contrário, todos (inclusive eu) se levantaram em silêncio ainda absortos no clima pesado que o cinema ficou. A única pessoa capaz de quebrar o silêncio, foi um rapaz por volta dos vinte anos de idade que disse “ok, vou precisar de um tratamento psicológico depois desse filme”.

Looper está super indicado no grau de qualidade Reduto Brainstorm. Ação, um bom roteiro, uma ótima direção, uma coisa diferente e talvez o melhor filme que Bruce Willis já fez.

E o melhor, dessa vez o filme não é um remake, adaptação ou continuação de nada que já fizeram antes.

Bônus

Aproveite para assistir esse SENSACIONAL trailer do filme misturando diferentes tipos de animação. Resultado de encher os olhos, incrível.