sábado, 2 de fevereiro de 2013

Crítica: O Lado Bom da Vida


Não é desmerecer o filme dizer que “O Lado Bom da Vida” é uma comédia romântica clichê. O forte do filme não é sua história, mas todos os seus atores e seus personagens. David O. Russel nos prova que um filme bom pode ser clichê.

Bradley Cooper interpreta Pat Solitano, um cara que perdeu tudo: casa, trabalho e sua esposa. Ele agora vive com sua mãe (Jacki Weaver) e seu pai (Robert De Niro), depois de passar oito meses numa clínica psiquiátrica. Ele está determinado a mudar, reconstruir sua vida e voltar com sua esposa, apesar das dificuldades da sua separação. Porém, tudo muda quando Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma garota problemática que acabou de perder o marido num acidente. Tiffany se oferece pra ajudar Pat se ele fizer algo pra ela em troca.

O filme todo é um show de atuações. É muito divertido ver tantos bons atores interagindo. Bradley Cooper está excelente no papel de um sujeito instável, “infantil” e sincero até demais. Sua expressão facial na hora em que ele surta com o final de Adeus às Armas, de Hernest Hemingway, revela o quanto ele está entregue ao papel.

Jennifer Lawrence é quem realmente se destaca. Uma das melhores atrizes atuais, embora seja um pouco nova para o papel que desempenha, está muito à vontade com seu papel. Ela rouba a cena todo momento em que aparece, tanto por sua beleza quanto por sua personalidade autodestrutiva. Lawrence não perde seu brilho nem quando atua frente a frente com Robert De Niro, numa das melhores cenas do filme.


Foi bom rever um dos meus atores favoritos e que há algum tempo vem escolhido os filmes errados pra atuar, Robert De Niro. Sua atuação como o pai de Pat que sofre de T.O.C. é a melhor atuação de De Niro dos últimos anos, rendendo até uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Também é bom rever um hilário ator que há muito estava desaparecido, Chris Tucker. Suas participações, embora sejam curtas, também são divertidas.

Nem só de boas atuações é feito “O Lado Bom da Vida”. “Excelsior”, a palavra-chave de positividade que Pat se foca no filme, como ele mesmo diz, devemos usar toda a negatividade como combustível e transformar em algo bom. É disso que o filme se trata. Uma história que poderia ser trágica, mas é divertida e que nos leva pra um final que pode ser considerado clichê, mas que seja. Como o próprio Pat diz, “precisamos de finais felizes”.


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