Nota do Sali:Atenção, essa crítica foi escrita pelo nosso novo colunista Victor Lopes. Conheci esse rapaz graças ao fato dele também ser um dos autores do Livro do Fim do Mundo.Admirei a forma como ele escreve e o convidei para o Reduto Brainstorm, convite esse que ele aceitou.Todas as opiniões das próximas linhas são reservadas a ele.@_ViLopes
Lá e de volta outra vez na Terra-Média.
Em 1937, J. R. R. Tolkien lançava um dos livros mais
clássicos da literatura infanto-juvenil, O Hobbit, uma história simples, porém
com uma bela mensagem. Peter Jackson retorna a Terra-Média, quase dez anos após
o encerramento da trilogia Senhor dos Anéis, com uma obra-prima, que agrada
tanto os fãs como os não-fãs.
Com um tom mais inocente e divertido, O Hobbit: Uma Jornada
Inesperada, o primeiro filme de uma trilogia, inicia uma história fantástica e
aumenta as nossas expectativas para as suas sequências. Essa divisão em três
partes, por vezes, atrapalha o andamento do filme, mas nada que prejudique
muito o filme. Até as partes mais enroladas nos diverte, pois estamos na
Terra-Média, e, quanto mais tempo passamos na Terra-Média, melhor.
Não é necessário 3D ou 48 frames por segundo para nos
sentirmos imersos nesse mundo. Peter Jackson nos passa esse sentimento sem nem
precisar dessas tecnologias. Só de ver o Condado ou Rivendell, já nos sentimos
em casa de novo, como se estivéssemos vivendo aquela aventura.
Graças à divisão da história em três filmes, Peter Jackson
tem um trabalho a mais de amarrar certos eventos, que só tínhamos conhecimento nos
apêndices das obras de Tolkien, na história do filme.
Parabéns para direção de arte. Erebor foi o cenário mais
lindo que eu já vi no cinema. A fotografia está magnífica e os efeitos
especiais são tão realistas que chegam a serem assustadores. A trilha sonora é
um tanto repetitiva, mas ainda assim é fantástica.
Andy Serkis, mais uma vez dá um show de atuação como Gollum,
que continua a ser melhor personagem em 3D já criado. A atualização dos efeitos
especiais o torna quase perfeito e indistinguível do real.
O Hobbit: Uma Jornada
Inesperada agrada mais ao fã das obras de Tolkien do que ao grande público,
embora seja um grande começo para quem não conhece nem os livros nem os filmes
da trilogia Senhor dos Anéis. Se você for para o cinema querendo procurar
defeitos, você irá achar. Mas se for querendo se divertir e revisitar a
Terra-Média, se divirta e curta cada segundo dessa obra.
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