sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Chemical Wedding


Chemical Wedding é o primeiro filme dirigido por Bruce Dickinson. Isso mesmo, o vocalista do Iron Maiden resolveu atacar de diretor, contando a história de um professor de Literatura que é possuído pelo falecido mago Aleister Crowley. O filme já começa fodasticamente com a música Chemical Wedding, do próprio Bruce, exibindo recortes de jornal sobre “o homem mais terrível do mundo” (Para ouvir a música clique AQUI).

Já na primeira cena você percebe que é um filme de baixo orçamento, a fotografia é estranha, os ângulos de câmera idem e quase não há trilha sonora (que deve ser cara, pelo jeito). Mas o filme compensa a falta de recursos numa boa história e referências interessantes sobre o famigerado mago inglês.

O plot do filme é: há uma máquina de simulação de ambiente 3D numa universidade qualquer da Inglaterra, que possui o sugestivo nome de Z-93 (só os fortes entenderão). Com a ajuda de Victor, o operador da máquina, o Professor Haddo decide reunir todas as informações que existem sobre Aleister Crowley no simulador para montar um simulacro da mente do ocultista — sim, o filme é meio maluco—, mas algo dá terrivelmente errado — porque não? — e o professor incorpora o simulacro em sua mente, acreditando ser o próprio Crowley. Daí pra frente o filme descamba pra muitas cenas de sexo, orgias, discussões filosóficas, rituais de magia e outras sandices próprias do grande porra louca que foi Aleister Crowley.

Mas com o tempo, ele passa de um comportamento meramente excêntrico para um perigoso e sombrio. Algumas pessoas morrem na universidade, outras ficam loucas, e Haddo/Crowley adota uma estranha fixação pelo Casamento Alquímico e pela aluna Lia Robinson. O professor Joshua Mathers (clara alusão a McGregor Mathers, amigo de Crowley que acabou virando seu inimigo) decide investigar o surto do professor com a ajuda do professor Symonds, amigo de Haddo e que conheceu Crowley em sua juventude.

O filme traz muitas, mas muitas referências a magia e à vida e filosofia do mago inglês. Tanto que me pergunto se para um leigo o filme teria a mesma graça... Bom, entenda você do assunto ou não, a melhor cena é sem dúvida o encontro de Victor com a deusa Babalon.

Se você gosta de thrillers de suspense com toques de sobrenatural, e em especial se conhece magia, Thelema e Aleister Crowley, o filme é recomendadíssimo. Se não, bem, é uma ótima oportunidade pra saber um pouco mais do assunto, se distrair por duas horas e ver uns peitinhos ;).


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