Chemical Wedding é o primeiro
filme dirigido por Bruce Dickinson. Isso mesmo, o vocalista do Iron Maiden
resolveu atacar de diretor, contando a história de um professor de Literatura
que é possuído pelo falecido mago Aleister Crowley. O filme já começa
fodasticamente com a música Chemical Wedding, do próprio Bruce, exibindo
recortes de jornal sobre “o homem mais terrível do mundo” (Para ouvir a música
clique AQUI).
Já na primeira cena você percebe
que é um filme de baixo orçamento, a fotografia é estranha, os ângulos de
câmera idem e quase não há trilha sonora (que deve ser cara, pelo jeito). Mas o
filme compensa a falta de recursos numa boa história e referências
interessantes sobre o famigerado mago inglês.
O plot do filme é: há
uma máquina de simulação de ambiente 3D numa universidade qualquer da
Inglaterra, que possui o sugestivo nome de Z-93 (só os fortes entenderão). Com
a ajuda de Victor, o operador da máquina, o Professor Haddo decide reunir todas
as informações que existem sobre Aleister Crowley no simulador para montar um
simulacro da mente do ocultista — sim, o filme é meio maluco—, mas algo dá
terrivelmente errado — porque não? — e o professor incorpora o simulacro em sua
mente, acreditando ser o próprio Crowley. Daí pra frente o filme descamba pra
muitas cenas de sexo, orgias, discussões filosóficas, rituais de magia e outras
sandices próprias do grande porra louca que foi Aleister Crowley.
Mas com o tempo, ele
passa de um comportamento meramente excêntrico para um perigoso e sombrio.
Algumas pessoas morrem na universidade, outras ficam loucas, e Haddo/Crowley
adota uma estranha fixação pelo Casamento Alquímico e pela aluna Lia Robinson.
O professor Joshua Mathers (clara alusão a McGregor Mathers, amigo de Crowley
que acabou virando seu inimigo) decide investigar o surto do professor com a
ajuda do professor Symonds, amigo de Haddo e que conheceu Crowley em sua
juventude.
O filme traz muitas, mas muitas
referências a magia e à vida e filosofia do mago inglês. Tanto que me pergunto
se para um leigo o filme teria a mesma graça... Bom, entenda você do assunto ou
não, a melhor cena é sem dúvida o encontro de Victor com a deusa Babalon.
Se você gosta de thrillers de
suspense com toques de sobrenatural, e em especial se conhece magia, Thelema e
Aleister Crowley, o filme é recomendadíssimo. Se não, bem, é uma ótima
oportunidade pra saber um pouco mais do assunto, se distrair por duas horas e
ver uns peitinhos ;).
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