Hoje vi no Facebook muitas pessoas comemorando a chegada do Black Friday ao Brasil. "Viva a América", "a civilização está chegando" e eu, perdido como sempre, me perguntei "que diabos é Black Friday?". Pois bem, antes de tudo um pouquinho de História.
A Black Friday é uma ação de vendas anual que ocorre na 4ª sexta-feira de novembro - o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças no Estados Unidos, país de origem do evento. Ela chegou ao Brasil em 2010, mas por algum motivo que desconheço - e não vou pesquisar, #fuckthesystem - esse ano se tornou muito popular. Aí você me pergunta "mas por que você não gosta da Black Friday?". Pois bem, eu explico.
A Black Friday inaugura a temporada de compras de fim de ano e ocorre após o Dia de Ação de Graças. Pra quem não sabe o que é, nos Estados Unidos é a data em que se comemora a colheita do ano e se agradece a Deus por tudo que se tem. Vocês já sabem onde eu vou chegar, não é?
"Black Friday - quando pessoas se pisoteiam para comprar produtos baratos pouquíssimas horas depois de agradecerem pelo que já possuem."
Instituir uma ação de vendas que inaugura uma temporada de compras logo após o Dia de Ação de Graças chega a ser de mau gosto. Revela a hipocrisia da cultura norte-americana, que preza pelo consumo acima de todas as coisas. Antes que você fale eu já concordo: a Black Friday é uma ótima data para o comércio e para aquecer a economia do país, e sob esse ponto de vista é uma bela importação de costumes. Mas por outro lado, será que o melhor elemento a se importar da cultura americana é o consumismo?
"Mas está tudo mais barato, você vai perder a oportunidade de comprar alguma coisa que você precisa pela metade do preço e ainda comprar outros produtos? É uma grande economia!" As pessoas ainda não aprenderam um conceito básico de economia: gastando não se economiza! Quando você compra três potes de margarina pelo preço de dois, por ex., o fabricante está garantindo que você consuma sua marca por mais tempo. Não que eu ache errado consumir, eu acabei de comprar A Tormenta de Espadas por R$54,90, e mesmo sabendo que na internet é mais barato, a Black Friday estava chegando e tudo mais, eu decidi comprá-lo numa livraria pela praticidade da compra e ansiedade de ter o livro. Assumo que senti um prazer imenso em comprá-lo, um pouco por ser uma obra que aprecio e um pouco pelo prazer do consumo - sim, eu tambem fui infectado -, mas se eu aproveitasse alguma promoção poderia gastar o restante em qualquer coisa pelo frenesi do ato de comprar e não iria me sentir bem depois (fiz isso há alguns meses e comprei o pior livro da minha vida).
Acho que devemos nos focar nisso, em consumir algo que lhe dê prazer, lhe entretenha, lhe acrescente como pessoa, lhe torne a vida mais facil etc, sem se preocupar em quantidade e sim em qualidade. Promoções são sempre bem-vindas (eu ainda não aprendi a plantar dinheiro,e acho que você tambem não), mas quando elas ocorrem eu compro o que eu quero e saio da loja o mais rápido possível - isso é economizar. E lembre-se: ter não é ser.
Muito bom, olhei os sites pipocando e percebi que no momento não preciso de nada que vem sendo oferecido e comprar por que esta aparentemente mais barato e coisa de...
ResponderExcluirPode deixar que eu completo: idiota!
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