Ah, Apocalypse Now... Um
épico moderno sobre a busca de um soldado por um coronel desaparecido em meio à
loucura da Guerra do Vietnã. Ao terminar de ver o filme, estupefato com tamanha
dramaticidade e grandiosidade, eu entendi porque esse filme é um clássico.
Apocalypse Now é um filme de 1979
dirigido por Francis Ford Copolla, um dos deuses do cinema. Nele acompanhamos o
Capitão Benjamin Willard (Martin Sheen) na sua missão de encontrar o Coronel
Walter Kurtz (Marlon Brando), desaparecido na fronteira do Vietnã com o
Camboja. A partir daí o filme se desenrola, passando lentamente de um filme de
guerra para um de suspense.
Tudo nesse filme é demais, a
começar pela abertura. Ao som de The End, do The Doors, vemos a guerra pelos
olhos de um soldado, de uma forma ao mesmo tempo calma e aterrorizante.
Na primeira hora de filme já vimos uma das cenas mais clássicas do cinema: o ataque da cavalaria aérea americana (helicópteros) a uma vila tomada por vietcongs. Minha reação ao ver a cena — uma caralhada de helicópteros bombardeando e metralhando uma vila, explodindo casas, fazendas e portos de bambu ao som da Cavalgada das Valkírias — foi semelhante a de uma criança indo a um parque de diversões pela primeira vez. Veja a cena e me diga se você não sente a mesma coisa.
E essa cena culmina em mais uma cena clássica! Ainda em meio a explosões e tiros, o Tenente – Coronel Bill Kilgore se agacha ao lado do Capitão Bem e seus soldados e diz:
“Eu adoro o cheiro de napalm pela manhã. Uma vez bombardeamos uma
montanha cheia de vietcongs durante horas. Não sobrou nada a não ser aquele
cheiro (...) Cheirava a ... vitória!”
Na boa, isso é muito massa. Ir para a guerra (literal) já é coisa de
ogro. Agora ir até lá, matar todo mundo e ainda gostar do cheiro de napalm
quando acorda (como quem sente o cheiro do café da manhã) ativa os seus
instintos mais primitivos. Dá vontade de ir imediatamente pra academia levantar
200 kg no supino (perdoem minha empolgação).
Voltando ao filme. Depois de algumas outras cenas de ação,
igualmente fantásticas — como a batalha na represa, em meio a trincheiras
escuras e fétidas — o Capitão Ben segue viagem num barco rumo à fronteira com o
Camboja. Com o tempo surgem inimigos estranhos, primitivos, ocultos em meio à
selva na margem do rio. A partir daí o filme ganha um ar soturno, enigmático e
quase sobrenatural, como se o Capitão virasse Hércules, sendo levado ao Mundo
dos Mortos pelo barqueiro Caronte.
Conclusão: Apocalypse Now é um puta filme, figurando no
panteão de clássicos do cinema e sendo posto com muita honra no meu Top 10.
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