<h1>Crítica: O espetacular Homem Aranha é ESPETACULAR</h1>

Ninguém botava fé. Eu não botei fé, vocês não botaram fé, ninguém botou.

Recontar a origem do herói apenas sete anos depois do ultimo filme ser lançado? Troca de diretor e de estilo? Por que tudo isso?

Eis que o Espetacular Homem Aranha estréia no cinema e põe fim a todas essas dúvidas, nós temos um dos melhores filmes de super heróis já feitos.

Apesar de ter pontos superiores e alguns pontos inferiores a ultima versão do herói para as telas do cinema, saímos de lá com a impressão de que o verdadeiro Homem Aranha ainda é aquele de dez anos atrás, o que estamos vendo aqui é uma releitura do Herói na visão do Marc Webb, novo diretor da franquia. Tal qual aconteceu com Tim Burton e o Batman nos anos noventa.

A origem.

O filme reconta como Peter Parker, o nerd recluso, foi picado por uma aranha radioativa adquirindo poderes extraordinários e que começam a ser usados para ajudar o próximo como um meio para compensar o maior erro da sua vida que resultou na morte do seu tio Ben.

Ben mantém a mesma personalidade nesse novo filme e dá o mesmo sermão em Peter sobre “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, mas com outras palavras “se você pode fazer o bem ao próximo, é o seu dever moral faze−lo”.

O filme tem tons mais sombrios, e muito do que aparece no filme foi inspirado na versão Ultimate do Homem Aranha escrito por Brian Michael Bendis, inclusive o traje do cabeça de teia.

A história está muito mais consistente. A explicação da mutação genética que explica a origem do Homem Aranha está muito mais crível agora, e ainda dá um bom gancho para a aparição do primeiro vilão da triologia, o Lagarto.

O Lagarto.

Lagarto esse que é o único ponto fraco do filme, ele não está muito bem trabalho nos efeitos visuais, e ficou gatinho! O bicho aparece com a maior cara de galã quando se transforma, e não se parece nem um pouco com o Connors humano. De qualquer forma, é bem divertido vê−lo brigando com o amigão da vizinhança.

O casal.

Sensacional.  Que Andrew Garfield e Emma Stone são dois ótimos atores todo mundo já sabia, mesmo assim é impressionante a química do casal nas telas e o fato de Andrew ser o melhor Peter Parker da história, superando de longe Tobey Maguire que, apesar de bom, nunca me lembrou o Peter Parker dos quadrinhos.

Garfield por outro lado interpreta como um verdadeiro fã que cresceu lendo Peter. Todos os trejeitos e sorrisos bobos estão presentes, temos então um grande Peter Parker com uma Gwen cativante que poderiam levar o filme nas costas se necessário.

Graças aos céus, não precisaram.

O diretor

Eu era fã do Marc Webb ainda na época em que ela era apenas um diretor de videoclipes de rock, depois que 500 dias com ela mostrou o seu talento para o mundo, só esperei alguém o contrata−lo para a uma produção multimilionária como essa, era inevitável.

Uma coisa que eu particularmente temia nessa nova versão, era deixarem de lado o humor presente na antiga trilogia. Felizmente Webb teve o bom senso de manter isso presente.

Em o Espetacular Homem Aranha ele faz o que sabe fazer, um bom filme focado nos personagens, com a sua dose de amor/realidade bem concentrada. As cenas de ação ficaram impecáveis, com pouco CGI e muitos dublês.

Mas os maiores momentos do diretor não ficam nas lutas e sim nos momentos de superação intimista de Peter Parker como a instantaneamente lendária cena do carro em chamas e do personagem correndo manco com um tiro na perna. Ele ganha o filme pelo intimismo ao invés do espetáculo, o que é uma decisão muito inteligente em tempos de que os Vingadores varreram o mundo nesse quesito.

Marc Webb foi a escolha perfeita para essa ocasião.

Considerações finais.

Sim, eles conseguiram. Fizeram um excelente filme do escalador de paredes sendo totalmente diferente do clássico de dez anos atrás.

Com o melhor Peter, eles trilharam caminhos diferentes dos que foram oferecidos até agora e forneceram uma história humana e com coração.

Com o seu novo estilo, ao lado de Vingadores e Batman do Cristopher Nolan, o Espetacular Homem Aranha participa de um tri pé que mostra todos os aspectos positivos dessa fase de ouro dos quadrinhos no cinema que nós estamos vivendo agora.

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