<h1>Crítica: Detona Ralph</h1>

Obs: O filme é precedido pela animação "Aviões de Papel" que é tão boa quanto o filme. Vale a pena chegar cedo na sala de cinema.                                                

Quando você pensa que a Pixar está monopolizando a companhia, a Disney Animation sempre reaparece com um bom título, para lembrar a todos que ainda estão na ativa. Dessa vez, ela foi um pouco mais além.

Dirigido por Rich Moore (Os Simpsos, Futurama) o longa nos apresenta a um universo que acontece dentro de um fliperama, onde os jogos criam vida e se conectam uns aos outros através da rede de rede elétrica.

Lá você encontra Ralph. Um vilão do jogo “Conserta Felix”, que está insatisfeito com a sua função, e cansado de ser tratado diferente por conta dela.  Assim, ele parte em busca da “medalha do herói” que lhe creditaria respeito entre os colegas de vídeo game. A partir disso, a trama se desenrola.

A dublagem em português está excelente. Marimoon e Rafael Cortêz trabalharam como verdadeiros profissionais, nos livrando do mico comum em dublagens com celebridades.

Conversando com algumas pessoas que assistiram ao filme, é fácil notar o carisma e conexão com os personagens. Um dos grandes segredos da Disney é saber como fazer o público se importar com os seus protagonistas.

Algumas pessoas podem se decepcionar com o filme por um motivo simples: Ele foi vendido publicitariamente de uma forma que não condiz muito bem com a verdade.

A enxurrada de referências a personagens e games antigos que foi prometida acontece. Só que em menor escala. Sonic, Zangieff, entre outros, realmente aparecem no filme, mas por uma fração de tempo muito curta, nada além do mostrado nos trailers. A partir do segundo ato, essas referências são deixadas de lado para focar na história de Vanellope, uma Bug de sistema do jogo “Corrida Doce”.

 Porém, isso não tira o mérito do filme, que nos apresenta um bom roteiro. Apesar da falta de personagens famosos, a ambientação, movimentação de personagens, a sonorização, os dramas e a forma como os problemas são resolvidos, tudo remete aos jogos de vídeo game. Do primeiro minuto do filme, até o final, você não tem a menor impressão de estar em outro lugar a não ser dentro de um vídeo game.

No final das contas. A ambientação virtual não passar de um belo plano de fundo para nos apresentar uma história com emoções bem reais. Uma história que nos prende na tela, e nos faz sair da sala do cinema com um sorriso meio bobo no rosto, com aquela sensação boa que só os filmes da Disney conseguem nos trazer...