quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Homem Vs. Mito - Condessa Báthory

Nascida em 1560, Elizabeth (ou Erzsebet) Báthory era condessa de uma das famílias mais nobres do Reino da Hungria. Descendente de cavaleiros, cardeais e reis, Elizabeth foi contemporânea de membros não tão renomados de sua família, entre eles alcoólatras, assassinos, sádicos, homossexuais (na época um crime grave) e satanistas. 

Embora fisicamente bonita, a condessa sofria de dores de cabeça constantes, desmaios e talvez até epilepsia, na época considerada um sintoma de possessão demoníaca. Mas provavelmente o real motivo de suas doenças sejam as relações incestuosas de seus antepassados.  Ainda na infância Elizabeth foi introduzida ao masoquismo por uma tia, mas seus crimes mostram que a condessa sentia mais prazer em provocar que em sentir dor.

Aos 15 anos se casou com o conde Ferencz Nadasdy, e seus crimes começaram aí. O conde, um guerreiro experiente em batalha com os turcos, ficava ausente por semanas e até meses, uma grande oportunidade para a condessa torturar as serventes do castelo.
Nos primeiros anos de casamento a maior irritação de Báthory vinha de sua sogra, ansiosa por netos. Durante os dez anos em que a jovem falhou  em conceber um filho, as visitas da sogra eram sucedidas por sessões de tortura com as criadas. Seus truques eram um misto do masoquismo com as técnicas de tortura aprendidas pelo marido na guerra, e mais alguns de sua própria autoria. Suas técnicas preferidas nessa fase eram a perfuração de lábios e mamilos com agulhas, alem de morder diversas partes do corpo das vítimas até lhes tirar sangue.

O conde chegou a acompanhar algumas sessões de tortura da esposa, mas rapidamente passou a ter medo dela. Quando morreu por volta de 1600, a condessa se tornou ainda mais cruel. Contando com empregados de sua confiança, Elizabeth aliciava camponesas dos arredores com ofertas de trabalho, drogas ou força bruta (à medida que os rumores foram se espalhando) para suas sessões de tortura. A vítima era despida enquanto a condessa, com pinças especiais, lhe arrancava tiras de carne dos seios, queimava sua vagina com velas ou ferro incandescente, e mordia seu corpo até sangrar. Outras práticas menos comuns incluíam deslocar o maxilar da vítima e deixá-la num lago gelado numa noite de inverno.

Durante as décadas em que manteve suas sessões, Báthory não temeu represálias; alem de seu alto nascimento, um de seus primos era primeiro-ministro e outro governador da província onde vivia. Mas em 1609 a condessa se excedeu; recrutou 25 jovens, filhas de nobres menores, para instruções de etiqueta, mas quando nenhuma delas sobreviveu as denúncias chegaram aos ouvidos do rei. Em 1610 o conde Thurzo foi imbuído de investigar os crimes, e ao entrar secretamente no castelo da condessa durante a madrugada interrompeu uma sessão, e prendeu a condessa e seus cúmplices. Elizabeth Báthory foi acusada e considerada culpada de oito assassinatos, embora os relatos dos servos e a contagem histórica apontem algo entre 300 e 650 vítimas. Um quarto de seu castelo foi transformado em cela, tendo as janelas muradas, deixando apenas fendas de ventilação e um buraco na porta para a bandeja de comida. Ela viveu ali até 1614, quando foi encontrada morta.

O curioso são as lendas que se criaram em volta da condessa. Narrativas modernas mostram banhos de sangue rejuvenescedores e até vampirismo ligados a Elizabeth Báthory, mas essas práticas nunca foram relatadas por seus cúmplices. No máximo uma vítima tinha seu sangue drenado até a morte, mas nada ligado a ingestão ou imersão em sangue. De qualquer forma suas práticas sádicas começaram na adolescência, muito antes de qualquer preocupação com o envelhecimento.
Quem compartilhar vai ganhar um fantástico abraço!!!
  • Share to Facebook
  • Share to Twitter
  • Share to Google+
  • Share to Stumble Upon
  • Share to Evernote
  • Share to Blogger
  • Share to Email
  • Share to Yahoo Messenger
  • More...

0 COMENTÁRIOS

:) :-) :)) =)) :( :-( :(( :d :-d @-) :p :o :>) (o) [-( :-? (p) :-s (m) 8-) :-t :-b b-( :-# =p~ :-$ (b) (f) x-) (k) (h) (c) cheer

 
© Reduto Brainstorm
By BlogThietKe
Posts RSSComentários RSS
Voltar ao topo