Kill Bill Vol. 2 foi lançado em 2004. O engraçado é que, mesmo com os dois filmes sendo filmados juntos com a pretenção de ser um filme só (que duraria 4 horas, a prova máxima da megalomania de Tarantino), o Vol. 2 é muito diferente.
A começar pela violência, que é muito maior no primeiro filme - embora a cena da Noiva esmagando o olho de Elle Driver compense isso. Como a lista negra da protagonista diminui consideravelmente depois do Vol. 1, o filme foca nos diálgos e flash backs para aprofundar os personagens. Aqui é contado todo o passado de Beatrix Kiddo (Uma Thurman, a Noiva), porque ela fugiu, porque começava o primeiro filme internada e o mais legal: o treinamento non sense com o mestre chinês Pai Mei.
Aliás, eu acho que Kill Bill já é considerado um clássico por causa do segundo filme, principalmente pela trajetória da protagonista. Uma mulher que sobrevive a um treinamento tão puxado mantendo a sanidade mental, é enterrada viva e sobrevive, e ainda por cima é mãe da Hit Girl - sim, aquela garotinha é a Perla Haney-Jardine - merece ser uma das maiores heroínas do cinema.
Outro ponto forte - e uma das características de Tarantino - é um diálogo aparentemente sem sentido envolvendo cultura pop, mas que diz muito sobre a personalidade dos envolvidos e sobre a própria história; nesse caso a teoria de Bill sobre o Super Homem.
O confronto final entre Beatrix e Bill, apesar do deus ex machina, é sensacional. Provando mais uma vez como Tarantino é bom em misturar elementos, a cena é uma espécie de duelo de faroeste com golpes de kung fu. Por fim, a reconciliação entre Beatrix e sua filha (spoiler?) é perfeita, e mesmo com aquela música nojenta de novela mexicana os créditos tambem são muito legais.
Enfim, Kill Bill é um filme que perturba, tanto pela violência quanto pela bizarrice de tantos elementos diferentes juntos, que não se sabe como, fizeram um ótimo filme.
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ResponderExcluiro meu vc acha na aba parceria